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Transtorno do Espectro Autista 

 Aspectos relevantes do Transtorno do Espectro Autista

         O Transtorno do Espectro Autista (TEA) é um transtorno do neurodesenvolvimento que afeta pessoas de diferentes formas e diferentes graus. A pessoa com este diagóstico pode apresentar déficit na comunicação verbal ou não verbal, na comunicação social, déficit na interação social, comportamentos restritos, interesses restritos e comportamentos repetitivos.

         Assim, a literatura médica confirma que as características diagnósticas do autismo representam prejuízo na comunicação social e a presença de comportamentos restritos e repetitivos. Os prejuízos na comunicação social incidem, por exemplo, nas iniciações sociais como sugerir uma brincadeira, iniciar uma conversa com outra pessoa, reciprocidade social, podendo assim resultar em engajamento limitado nas interações sociais.

         Comportamentos restritivos e repetitivos podem incluir a fala esteriotipada, fixação ou interesse em assuntos específicos, como por exemplo, na rotina, horários, ambientes, que quando mudam ou são alteradas, essas pessoas apresentam desconforto, e esses comportamentos podem afetar a participação e o desenvolvimento desses indivíduos em casa, na escola e na comunidade.

           Em relação à prevalência do TEA, ela vem aumentando muito nas últimas décadas, hoje nós temos novos números, conforme a pesquisa recente realizada pelo Centro de Controle e Prevenção de Doenças (CDC) dos Estados Unidos:

          A prevalência de pessoas com Transtorno do Espectro Autista (TEA) aumentou. Em 2004, o número divulgado pelo CDC era de que 1 pessoa em 166 tinham TEA. Em 2012, esse número estava em 1 em 88. Na última publicação do CDC, em 2018, esse número estava em 1 em 59. Nesta publicação de 2020, a prevalência está em 1 em 54.

          Ou seja, os dados divulgados atualmente mostram uma prevalência de 1 pessoa com autismo para cada 54 crianças de 8 anos, em 11 estados dos EUA, de acordo com dados coletados em 2016 (https://autismoerealidade.org.br).

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

                                                        Fonte: https://autismoerealidade.org.br                                                                                           Fonte: https:// gene-archive.sfari.org/>

 

        No Brasil, até o momento, não temos dados exatos levantados do número de autistas, por isso os números mundiais são usados como referência. O autismo afeta quatro vezes mais meninos do que meninas, não se sabe até o momento o real motivo, mas sabemos que muitas das vezes as meninas são subdiagnosticadas, o que nos leva a crer que podem existir muito mais meninas com autismo.

        Referente às possíveis causas do TEA, pode-se dizer que o transtorno é multifatorial e poligênico, significa que não há uma única alteração em um único gene que causa o autismo, como por exemplo, a síndrome de Down, que são conhecidas as causas genéticas, onde um único gene é responsável pela aquela síndrome. No autismo há cerca de mais de mil genes relacionado ao autismo, sendo multifatorial, pois são questões genéticas e questões ambientais envolvidas no TEA.

      Uma pesquisa realizada em 2019 (https:// gene-archive.sfari.org/), com mais de dois milhões de indivíduos, de cinco países diferentes, sugere que questões genéticas são predominantes, cerca de 97% e 1-3% são de causas ambientais. Pensando na questão genética, conforme dados acima, no autismo Idiopático ou não sindrômico, que seria o autismo sem causa conhecida, não se conhece a genética daquele indivíduo. Já, no autismo Sindrômico se conhece a causa, são síndromes relacionadas com o autismo, e os casos relacionados tem muito mais chance de desenvolver o autismo na população geral, exemplos dessas síndromes são: Sindrome de Rett, Síndrome do X Frágil, Phelan – Mc Dermid, Síndrome de Timothy, entre outras.

      O restante, aproximadamente de 1% a 3%, deve ter causas ambientais, pela exposição de agentes intrauterinos como drogas, infecções, trauma durante a gestação.

Apesar do avanço no conhecimento, os estudos não param, pois há muitos genes que são desconhecidos. Os desafios ainda são diversos: o acesso ao diagnóstico, a exclusão do indivíduo e a luta dos especialistas, familiares e pacientes, para garantir um maior espaço na sociedade.

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